#Crônica: Padre Alderigi e a Eucaristia

A crônica de hoje vem a partir de um relato do senhor José Manuel Israel, o Zito, ex-sacristão e amigo do Padre Alderigi. A entrevista foi concedida no dia 4 de dezembro de 1986. Acompanhe:

O Padre Alderigi foi o mais fiel e o que tinha mais amor à Eucaristia. Por causa dela, tinha um zelo muito grande com as mãos, purificando-as com sabonete várias vezes, e o mesmo pedia aos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.

Preveniu-me antes de sua morte: “Zito, no meu enterro vai haver muita gente. Você tome cuidado com as âmbulas!”. E assim o bom companheiro e confidente do santo Padre Alderigi, o Zito, começou a narrar uma série de pequenos fatos e belas atitudes constantes na vida do bom vigário.

Durante quatro anos celebrou sentado, pois a diabete e as varizes produziram uma ferida na perna que muito doía. Além do mais, tinha erisipela e o menisco arrebentado. Mesmo nestas dores, sua missa era relembrada durante o dia todo, fazendo-o cantar repetidas vezes o ofertório de sua vida: “Senhor, vos ofertamos, em súplice oração…”

Bem no final da sua vida, não conseguia mais celebrar a missa. Então, recebia apenas a comunhão. Quando chegava a hora do “Senhor, eu não sou digno”, ele balançava a cabeça, demonstrando exteriormente sua contrição e indignidade anteriores.

Por várias vezes, Zito ouviu o santo velhinho orar: “Senhor, eu sou muito fraco diante de Tua Majestade. Sou muito fraco para tocar nesta maravilha”.

 

 

Texto contido no livro “Padre Alderigi – o carinho de Deus num coração pobre e alegre”, do frei Felipe Gabriel Alves, O.F.M.