Padre Alderigi sempre foi reconhecido por ser um homem caridoso
Dentre os relatos sobre o Padre Alderigi Torriani, não faltam relatos de gestos caridosos e de amor ao próximo.
“Se houve um homem que entendeu o ‘amai-vos uns aos outros’, foi o Padre Alderigi”, disse Olímpia Ferreira da Silva, em abril de 1987.
Durante a Páscoa, o bom padre pedia às pessoas um prato de qualquer comida gostosa para entregar às pessoas idosas mais carentes.
“Mas quando ele ia por aqueles altos da Aparecida confessar seus doentes pobrezinhos, escondidamente, ia dando a cada um aquela nota dobrada, de Cr$5.000,00 (com Cr$ 1.500,00 se podia comprar um quilo de arroz). Mas, o que não posso me esquecer é que até o túmulo do meu pai, falecido em 1929, que ficou em Cr$ 70.000,00, também foi dado em segredo por ele”, completou dona Olímpia.
Outras histórias foram relatadas pelo senhor José Torriani, irmão do Servo de Deus. Antigamente, o povo pobre da zona rural vinha enterrar seus mortos em redes, mas o padre bom acabou com isso. Seu irmão, mesmo, teve fazer uns três caixões com suas próprias mãos. Em muitas oportunidades Padre Alderigi saiu pedindo esmolas para fazer caixões para os defuntos pobres.
O Padre Alderigi, bom padre, pastor zeloso, sabia quem tinha faltado à missa e na rua perguntava o porquê da falta.
“Um dia perguntou a um pobre: ‘por quê você não foi à missa?’. Ele respondeu que era por causa da chuva. Na mesma hora, o padre deu sua capa de chuva ‘ideal’, aquela comprida e grande que o padre usava quando andava à cavalo, que tinha ganho a pouco, no dia de seu aniversário. Bem que o padre Aurélio Mesquista tinha dito aos amigos: ‘Esta capa ele vai dar para o primeiro pobre que ele encontrar'”, disse senhor José Torriani.
Textos contidos no livro “Padre Alderigi – o carinho de Deus num coração pobre e alegre”, volume 2, do frei Felipe Gabriel Alves, O.F.M.