Padre Alderigi cura a menina cega
Padre Alderigi já estava bem baqueado. Sua fama de homem de Deus, com o poder dos milagres, já era conhecida por todos. Deveria ser 1974, exatamente num 22 de maio, com o santuário de Santa Rita totalmente lotado de romeiros, devotos e fiéis.
José Bouças estava junto da escada lateral, quase à frente, bem perto de uma mãe, cheia de fé, com os olhos pregados no padres santo que abençoava a multidão. Junto a ela ,com aquele olhar vago, perdido no infinito, segurando o braço materno, único ponto de apoio em tantos caminhos sem rumo, grudava-se a ela uma infeliz menina cega. Se tivesse, seriam uns 9 anos de idade no máximo.
O padre continuou a bênção, suplicando a todos que perdoassem seus inimigos. Continuou pedindo a Santa Rita que olhasse a fé daquele povo sofrido, sem ninguém para velar por ele. Insistiu ainda que todos se convertessem para Deus e que Nele confiassem. E aquela mãe seguia palavra por palavra, fazendo seu coração abrir-se para a Graça de Deus, através de Santa Rita e do padre Alderigi.
Terminada a oração, o santo sacerdote tomou a água benta e começou a aspergir a multidão. Olhou para aquela mãe e os olhos se encontraram. E ela acreditou.
A menina começou a grita de gozo e espanto. A mãe, emocionada com a vida nos olhos da filha, apertava-a contra seu peito e molhava seu rosto com aquelas lágrimas quentes, brotadas da fé, jorradas da alegria. Agora tinha certeza que deus estava naquele homem tão baqueado pela idade e pela doença, mas com a alma gigante, qual montanha de amor e compaixão. O povo também chorava, glorificando a Deus, que assim visitava seu povo. Como é maravilhoso ver feições e cores, o balanço das árvores e as estrelas do céu.
Textos contidos no livro “Padre Alderigi – o carinho de Deus num coração pobre e alegre”, volume 4, do frei Felipe Gabriel Alves, O.F.M.
Amo, amo, amo. Vc viva este padre santo!