Parturiente à beira da morte é salva pela oração do padre Alderigi
O relato de graça de hoje conta a história de uma mulher que, ao dar a luz, quase perdeu a vida. Atendida sacramentalmente pelo padre Alderigi, se recuperou e pôde cuidar dos seus filhos. Georgina Carvalho de Melo entregou seu testemunho por escrito no dia 24 de junho de 1989.
“Acabara eu de dar à luz ao sexto filho, na santa casa de Caldas. Tendo perdido muito sangue, fiquei várias vezes totalmente em sem sentido. Embora assim enfraquecida, conseguia ouvir muito mal a conversa da enfermeira dizendo à irmã Virgínia: ‘a pressão dela está quase zero e os recursos estão esgotados’. Até aquele momento, oito doados de sangue já tinham me socorrido e agora já se apelava para doadores de outras cidades.
Percebendo os familiares não ter eu mais condições de sobreviver, meu marido, Manuel Pio, perguntou-me de quem eu gostaria de receber a Unção dos Enfermos. Com muita dificuldade para falar, balbuciei: ‘padre Alderigi’.
Meu marido arrumou logo um amigo, o Juvenal Augusto Teixeira, marido da dona Fia (Ana Augusto de Carvalho Teixeira, a parteira que me assistiu), o qual correu a Santa Rita de Caldas para buscar o nosso santo vigário. Ao chegar no Santuário, percebeu o emissário que o Padre Alderigi estava prestes para se dirigir ao altar e celebrar a missa do dia 22, pois para ele, todos os dias 22 eram comemorados com muita festividade.
O homem de Deus ouviu tudo e pediu que esperasse. Apressadamente, dirigiu-se ao altar, implorando a todos os fiéis presentes que rezassem por mim, que estava agonizando.
Dessa vez, ele celebrou uma missa muito rápida e foi logo saindo para se dirigir a Caldas. Chegando à Santa Casa, já encontrou a vela e o crucifixo junto ao meu leito. Sentidos, eu já não os tinha mais. Soube depois que ele, piedosamente, não só ministrou o sacramento da Unção, mas até permaneceu debruçado sobre meu leito, em oração. Durante toda a noite, mesmo no estado em que eu me encontrava, eu percebia seu vulto junto à minha cama. Na realidade, padre Alderigi permaneceu ao meu lado, orando por três horas. Ao sair do quarto, ele declarou às enfermeiras e aos familiares que eu estava salva.
Contou-me dona Fia que, devido ao meu estado, ela achou conveniente passar a noite toda junto a mim. Mas, de madrugada, depois de ter eu conseguido passar por um cochilo, resolvi ficar sentada na cama. Imediatamente, a parteira pediu-me que eu deitasse, pois não poderia permanecer naquela posição. Insistindo eu, em estar bem, acreditou ela ter acontecido um milagre.
No amanhecer do dia 23, eu já estava melhor, enxergando alguma coisa que se passava no quarto. Aos poucos, fui melhorando, dia após dia. Lá permaneci ainda por dez dias, até recuperar as forças. Enquanto isso, a recém-nascida, Rita de Cássia, ficava sendo zelada por mãos de parentes bons e amigos. Este fato maravilhoso ocorreu aos 22 de abril de 1957″.
Textos contidos no livro “Padre Alderigi – o carinho de Deus num coração pobre e alegre”, volume 4, do frei Felipe Gabriel Alves, O.F.M.